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Microestacas

Execução de microestacas Execução de microestacas Manômetro instalado na tubulação de injeção

As microestacas são aquelas que se executam com tecnologia de tirantes injetados em múltiplos estágios, utilizando-se, em cada estágio, pressão que garanta a abertura das “manchetes” (válvulas múltiplas) e posterior injeção a altas pressões. Ao contrário das estacas raiz, que geralmente são armadas com barras de aço, as microestacas são armadas com tubo metálico que possui dupla finalidade: o de armar a estaca e o de dispor de válvulas “manchete” para injeção. Eventualmente, pode-se dispor de armadura complementar constituída por barras ou fios de aço. Para baratear o custo das microestacas, pode-se substituir o tubo de aço por PVC rígido, mas neste caso é obrigatório o uso de armadura, pois o PVC não tem função estrutural.

A execução de uma microestaca compreende fundamentalmente cinco fases consecutivas: perfuração auxiliada por circulação de água, instalação de tubo-manchete, execução da “bainha”, injeção de calda de cimento, e vedação do tubo manchete.

A perfuração é feita de forma similar às estacas raiz, executada através de perfuração rotativa ou roto-percussiva, revestida integralmente no trecho em solo por meio de tubo metálico que garante a estabilidade da perfuração. No trecho em rocha, seja na passagem de matacões ou no embutimento no topo rochoso, ela é executada a partir da perfuração interna ao tubo de revestimento, por processo roto-percussivo.

Finalizada a perfuração, é instalado o tubo-manchete, de aço ou de PVC rígido, dotado de válvulas espaçadas da ordem de 1,0 metro. Instalado o tubo- manchete, é confeccionada a bainha injetando-se calda de cimento pela válvula inferior dele até extravasar pela boca do furo. Concomitantemente com esta operação, o tubo de revestimento vai sendo removido.

Em seguida, é feita a injeção da calda de cimento com o auxílio de um tubo dotado de obturador duplo acoplado a um misturador e bomba de injeção, permitindo aplicar pressões de até 3 MPa, medidas num manômetro instalado na tubulação de injeção. A injeção só é iniciada após a bainha ter concluído a pega e estar em início de cura. Normalmente está injeção é feita cerca de 12 horas após a confecção da bainha, visto que quanto mais tarde for feita maiores serão as pressões necessárias para rompê-la. A injeção é feita no sentido ascendente através de cada uma das válvulas, passando-se para a válvula superior quando se comprova que a injeção inferior já promoveu a suficiente deformação do solo.

Após concluída a injeção, a parte central do tubo-manchete é preenchida com nata de cimento ou com argamassa. Nesta fase pode-se complementar a armadura da estaca, se necessário, instalando-se barras longitudinais no interior do tubo que serão envolvidas por essa nata ou argamassa.

As microestacas se tornam interessantes quando certas condições possam tornar problemático o uso de estacas convencionais, como por exemplo em presença de obstruções naturais (matacões, solo concrecionado) ou artificiais (entulhos diversos como concreto, alvenarias, etc), em condições de trabalho restritas tanto em planta quanto em relação ao pé-direito, ou próximo de estruturas existentes que possam requerer ausência de vibração e de ruído.

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